O que é a liberação do nervo ulnar?

A liberação do nervo ulnar é uma cirurgia que alivia a pressão sobre o nervo ulnar, localizado na região do cotovelo, onde ele passa por um espaço estreito chamado túnel cubital. Esse nervo é responsável pela sensibilidade nos dedos anelar e mínimo e pela força de alguns músculos da mão. Quando ele fica “espremido”, surge a síndrome do túnel cubital, que pode causar desde desconforto leve até sintomas mais graves.

O procedimento é indicado quando tratamentos mais simples, como fisioterapia ou mudanças de hábitos, não resolvem o problema. Feito por um ortopedista especializado, ele envolve pequenas incisões e técnicas modernas para descomprimir o nervo, permitindo que você volte a mexer o braço e a mão sem dor ou limitações. A boa notícia? A maioria dos pacientes sente alívio rápido e retoma a rotina em poucas semanas.

Quais são os sinais da síndrome do túnel cubital?

Os sintomas da síndrome do túnel cubital podem atrapalhar desde tarefas simples, como segurar um copo, até o sono, especialmente à noite. Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para buscar ajuda. Veja os mais comuns:

1. Formigamento ou dormência: Sensação de “choquinhos” nos dedos anelar e mínimo, às vezes se espalhando pelo antebraço.
2. Dor no cotovelo: Um incômodo na parte interna do cotovelo, que pode ser constante ou aparecer ao dobrar o braço.
3. Fraqueza na mão: Dificuldade para segurar objetos ou fazer movimentos precisos, como abotoar uma camisa.
4. Mão em garra: Em casos mais avançados, os dedos podem ficar curvados, dificultando abrir a mão completamente.
5. Perda de sensibilidade: Menos capacidade de sentir toque ou temperatura nos dedos afetados.

A compressão do nervo ulnar acontece quando o túnel cubital fica mais apertado ou algo pressiona o nervo. As causas variam, mas aqui estão as principais:

Profissões que exigem flexão constante do cotovelo, como motoristas ou digitadores, e esportes como tênis ou musculação, elevam o risco. Um ortopedista pode investigar a causa exata e propor soluções personalizadas.

Como confirmar o diagnóstico?

Para saber se você tem síndrome do túnel cubital, o ortopedista faz uma avaliação cuidadosa, que inclui:

1. Conversa detalhada: O médico pergunta sobre seus sintomas, quando começaram e o que os piora.
2. Exames físicos: Testes como pressionar o nervo (teste de Tinel) ou manter o cotovelo dobrado ajudam a identificar a compressão.
3. Imagens: Raios-X, ultrassom ou ressonância magnética podem revelar alterações no cotovelo.
4. Eletroneuromiografia (ENMG): Um exame que mede a condução elétrica do nervo, confirmando o problema e sua gravidade.

Esse cuidado garante que a síndrome do túnel cubital não seja confundida com outros problemas, como compressão na coluna ou síndrome do túnel do carpo.

Quais os caminhos para o tratamento?

O tratamento depende de quão intensos são os sintomas e de como você responde às primeiras medidas. As opções são:

• Cuidados não cirúrgicos:
  • Talas noturnas para manter o cotovelo reto, aliviando a pressão no nervo.
  • Anti-inflamatórios, como ibuprofeno, para reduzir dor e inchaço.
  • Fisioterapia com exercícios para melhorar a mobilidade e a força.
  • Ajustes no dia a dia, como evitar apoiar o cotovelo ou corrigir a postura ao usar o celular.
• Cirurgia: Indicada se os sintomas durarem mais de 2 a 3 meses, houver fraqueza na mão ou sinais de dano permanente. A liberação do nervo ulnar é a solução mais comum.

Seu médico vai te orientar para encontrar o melhor caminho, considerando seu estilo de vida e necessidades.

Como é feita a cirurgia?

A cirurgia de liberação do nervo ulnar é um procedimento seguro, feito com anestesia local ou regional, para seu conforto. Há duas abordagens principais:

1. Descompressão simples: O cirurgião faz uma pequena incisão (4 a 8 cm) no cotovelo e remove tecidos que pressionam o nervo, como ligamentos.
2. Transposição do nervo: Além de descomprimir, o nervo é movido para uma posição mais protegida, sob músculos ou gordura.

A operação leva de 30 a 60 minutos, e a maioria dos pacientes vai para casa no mesmo dia. A técnica escolhida depende do seu caso, garantindo o melhor resultado.

O que esperar da recuperação?

A recuperação varia, mas a maioria dos pacientes volta a atividades leves em 4 a 6 semanas. Aqui estão os passos principais:

1. Primeiras semanas: Uma tala pode ser usada por 1 a 2 semanas para proteger a área.
2. Fisioterapia: Começa após 10 a 14 dias, com exercícios para recuperar movimento e força.
3. Controle da dor: Medicamentos ajudam a aliviar qualquer desconforto inicial.
4. Retorno gradual: Tarefas leves são liberadas em 6 semanas; atividades pesadas, como esportes, podem levar 3 meses.

Em casos mais graves, a sensibilidade nos dedos pode demorar até 6 meses para voltar ao normal. Seguir as orientações do seu ortopedista é a chave para uma recuperação tranquila.

Quais os possíveis riscos?

Como qualquer cirurgia, a liberação do nervo ulnar tem riscos, mas eles são raros, especialmente com um cirurgião experiente. Os principais incluem:

• Infecção na incisão, tratada com antibióticos.
• Lesão rara ao nervo, evitada com técnicas precisas.
• Sintomas persistentes, mais comuns em casos de compressão antiga.
• Retorno do problema, se o nervo for comprimido novamente.

Escolher um especialista e seguir os cuidados pós-operatórios reduz muito essas chances.

Por que escolher um especialista?

Um ortopedista especializado em cotovelo ou nervos periféricos faz toda a diferença. Ele oferece:

• Conhecimento profundo da anatomia do braço e da mão.
• Técnicas avançadas que minimizam cicatrizes e aceleram a recuperação.
• Acompanhamento completo, desde o diagnóstico até a reabilitação.

Além disso, esses médicos trabalham com fisioterapeutas e outros profissionais para garantir um cuidado integrado e personalizado.

Perguntas Frequentes dos Pacientes

1-Por que o nervo ulnar fica comprimido?
A compressão pode vir de hábitos como dobrar o cotovelo por muito tempo (pense em noites mal dormidas ou horas no celular), traumas no cotovelo, ou até movimentos repetitivos no trabalho. Condições como diabetes ou artrite também aumentam o risco. Identificar a causa com um ortopedista é o primeiro passo para um tratamento eficaz.

2-Quando a cirurgia é realmente necessária?
A cirurgia é considerada se os sintomas, como dormência ou fraqueza, durarem mais de 2 a 3 meses, mesmo com tratamentos como talas ou fisioterapia. Se você está perdendo força na mão ou notando atrofia muscular, o procedimento pode evitar danos permanentes. Converse com seu médico para entender o melhor momento.

3-Quanto tempo vou levar para me recuperar?
A recuperação completa geralmente leva de 6 semanas a 4 meses. Casos mais simples permitem voltar ao dia a dia em 1 a 2 meses, enquanto quadros mais graves podem exigir mais tempo. A fisioterapia e os cuidados pós-operatórios fazem toda a diferença.

4-A cirurgia dói muito?
Durante a cirurgia, a anestesia garante que você não sinta nada. Depois, é comum um desconforto leve, controlado com analgésicos. Técnicas modernas tornam o pós-operatório bem mais tranquilo. Qualquer dor fora do normal deve ser reportada ao seu médico.

5-Vou poder voltar a praticar esportes?
Sim! Após 3 a 4 meses, a maioria dos pacientes retoma esportes, começando com atividades leves, como natação, e progredindo para esportes mais intensos, como tênis, com liberação médica. A fisioterapia ajuda a preparar o braço.

6-Como sei se minha síndrome está grave?
Sinais de alerta incluem fraqueza intensa na mão, atrofia muscular ou dedos curvados (mão em garra). Esses sintomas indicam que o nervo está sofrendo, e uma consulta urgente é essencial para evitar danos irreversíveis.

7-Preciso mesmo fazer eletroneuromiografia?
Nem sempre, mas a ENMG é muito útil para confirmar a compressão, localizar o problema e avaliar sua gravidade. Em casos leves, o médico pode optar por outros métodos, mas ela é comum em situações mais complexas.

8-Que hábitos devo evitar?
Evite dobrar o cotovelo por muito tempo, apoiar o braço em superfícies duras ou fazer movimentos repetitivos sem pausas. Uma tala noturna e ajustes na postura, como ao usar o computador, ajudam a proteger o nervo.

9-Essa síndrome é comum?
Sim, é a segunda compressão nervosa mais comum, atrás apenas do túnel do carpo. Afeta muitas pessoas, especialmente quem faz movimentos repetitivos ou tem condições como diabetes. Buscar ajuda cedo faz toda a diferença.

10-Um ortopedista pode tratar isso?
Com certeza! Ortopedistas especializados em mão ou nervos periféricos são os melhores para diagnosticar e tratar a síndrome, oferecendo desde cuidados simples até cirurgias, com um plano feito para você.